Eryk Rocha
Eryk Rocha nasceu em Brasília, em 1978, e viveu em vários países da América Latina. Estudou cinema na Escola San Antonio de Los Baños, em Cuba onde realizou “Rocha que voa” (2002), seu primeiro longa metragem selecionado para os festivais internacionais de Veneza, Locarno, Montreal, Rotterdam e Havana, entre outros, e premiado como melhor filme no Festival Internacional É Tudo Verdade, no Festival CineSul em 2002, com o Coral Saul Yelín no Festival do Novo Cinema Latino-Americano, em Havana (2002) e o Prêmio de Melhor Ópera Prima no Festival de Rosário, na Argentina (2003).
Em 2004, Eryk Rocha realizou o curta-metragem “Quimera”, o filme integrou a competição oficial dos festivais de Cannes (2004) e Sundance (2006) e participou em vários festivais no Brasil e no exterior, como Montreal, Nova York, Bilbao, Coréia do Sul e Havana e recebeu o prêmio de melhor curta- metragem no Festival Internacional de Montevideo (2005) e no Festival de Belém (2004). Em 2006, seu segundo longa-metragem “Intervalo Clandestino” é selecionado, entre outros festivais, para Montreal, Montevidéu, Guadalajara, Popolli, recebendo o prêmio Menção Honrosa especial no festival de Guadalajara.
Em 2010 lançou o filme “Pachamama” que foi exibido em 15 Festivais Internacionais e ganhou o prêmio de melhor longa metragem documental no Cineport 2009.
Em 2011 lança no circuito seu primeiro longa-metragem de ficção “Transeunte”. O filme participou do prestigioso Telluride Film Festival no U.S.A. Também participou dos Festivais de Biarritz, na frança, Istambul (túrquia), Havana (Cuba) Guadalajara (méxico), Marseille (França), Vancouver (Canadá), Amsterdam (Holanda), Entre outros. “Transeunte”, foi lançado pelo Museu de Dusseldorf em 12 cidades da Alemanha. O filme foi escolhido pela Abraccine (Associação brasileira de criticos) o melhor longa- metragem brasileiro de 2011, e Fernando Bezerra foi eleito o melhor ator de cinema do ano Premio APCA. O filme ganhou 25 prêmios em festivais nacionais e internacionais. Entre eles, o prêmio da crítica e de melhor ator no Festival de Brasília 2010, o prêmio de melhor filme eleito pelo público no Festival Latino- Americano de São Paulo em 2011, e o prémio de melhor ópera prima no festival e Guadalajara, México.
Em 2013, lançou o documentário “Jards” com o qual recebeu o prêmio de Melhor diretor no Festival do Rio. A première internacional do filme aconteceu no "New Directors 2013" no MOMA e no Lincoln Center em Nova Iorque. O filme também foi exibido no indie Lisboa de Portugal, Mar del plata Argentina, entre outros.
Ainda em 2013, foi convidado pela Canana Films, do ator mexicano Gael Garcia Bernal, para participar do projeto graduate XXI, que originou o longa- metragem “El Aula Vacía" que é financiado pelo BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento. O filme é composto por dez curtas-metragens de diversos diretores latino-americanos sobre o tema da evasão escolar. Eryk realizou o curta-metragem "IGOR" que mostra um dia na vida do aspirante a ator e capoerista Igor, morador do Morro dos Prazeres. "El Aula Vacía" foi lançado nos festivais internacionais em 2015, foi exibido nos festivais de Guadalajara (México), Bafici (Argentina), Málaga (Espanha) entre outros.
Em 2015, lançou seu sexto longa-metragem, o documentário “Campo de Jogo”. O filme foi exibido nos festivais: London International Film Festival, CPH: DOX Copenhague International Film Festival, Fortnigth Documentary Film Festival - MoMA e no Festival de Toulouse na França, além dos festivais nacionais: Mostra de Cinema de São Paulo e Festival do Rio. “Campo de Jogo” foi lançado no circuito de cinemas do Brasil Jem ulho de 2015 e lançado no EUA em Dezembro de 2015 pela distribuidora Cinema Slater.
Em 2016, estreou “Cinema Novo”, que teve estreia mundial no Festival de Cannes 2016, onde recebeu o prêmio Olho de Ouro (L ́Oeil D ́or) de melhor documentário do festival. “Cinema Novo” estreou no circuito de cinema do Brasil em Novembro de 2016 sendo exibido em mais de 50 festivais, entre eles na prestigiosa sessão Contenders no MoMA de Nova York entre os doze melhores filmes de 2016. Com sua linguagem inovadora “Cinema Novo” conquistou público e crítica, lhe rendendo diversos prêmios tanto no Brasil quanto no exterior, entre eles, o Colon de Plata no Festival de Huelva na Espanha. Foi escolhido no Festival Sesc melhores do ano o Melhor Documentário documentário de 2016 – pela critica e Público, e ganhou o prêmio APCA 2016 de Melhor Documentário . Em 2017 “Cinema Novo” será lançado nos cinemas da Espanha, Portugal, Estados Unidos, Itália e México.
Em final de 2016 o Festival Porto/Post/Doc (Portugal) realizou uma retrospectiva da obra integral de Eryk Rocha, considerando-o uma das lentes mais poéticas e explosivas do cinema brasileiro contemporaneo.
Atualmente, Eryk Rocha prepara seu próximo longa-metragem de Ficção "Breves Miragens de Sol" que será filmado no Rio de Janeiro no segundo semestre de 2017. Parte dos filmes do cineasta foram adquiridos pelo MoMA - Museu de Arte Moderna de Nova York, para compor a coleção permanente do museu.
Paula Gaitán
Paula Gaitán nasceu em paris, em 1954, artista visual, fotógrafa, poeta e cineasta, diplomada em Artes Visuais pela Universidade de Los Andes de Bogotá, Colômbia, Paula Gaitán tem trabalhado com cinema desde 1978, quando participou como diretora de arte no clássico de Glauber Rocha “A Idade da Terra”. Sua carreira como autora inclui vários documentários, vídeo artes e instalações de artes plásticas em inúmeras exposições coletivas.
O trabalho de Paula Gaitán é marcado pela conjunção de uma visão artística profundamente pessoal com a realidade palpável.
O trabalho de Paula Gaitán é marcado pela conjunção de uma visão artística profundamente pessoal com a realidade palpável.
Em “UAKA” (1988), o documentário etnográfico é infiltrado pela constante inventividade visual e “o afastamento do realismo se torna o afastamento do eterno tempo presente da representação cinemática, inscrevendo um discurso de diferença temporal sob as imagens etnográficas” (Bill Nichols, 1991). Em “Diário de Sintra” (2007), a memória emerge como criação involuntária da experiência de viver na pequena cidade portuguesa de Sintra, com seu parceiro Glauber Rocha e seus filhos, usando isto a que chamamos de memória para iluminar a história pessoal e política” (Farihah Zaman, Filmmaker).
Em “Vida” (2008) e “Agreste” (2010) a visão pessoal da diretora esboça retratos de duas atrizes brasileiras - Maria Gladys, um ícone do Cinema Marginal brasileiro, e Marcélia Cartaxo, um rosto memorável no cinema brasileiro desde a década de 1980. Em “Exilados do Vulcão” (2013), o toque único dos ensaios audiovisuais de Paula Gaitán encontra a dramaturgia de ficção pela primeira vez, abrindo um novo território de criação cinematográfica. E em “Night” (2015) e “Subte Interferences” (2017), dois filmes de música eletrônica, Paula trabalha com Arto Lindsay.